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Mostrando postagens de julho, 2011

Estranha...

Tô estranha esses dias... Feliz demais, o que não é normal. Sem inspiração pra divagar nas letras. Acho até que já não acho a personificação da beleza tão bonita assim. Vai saber... talvez, esteja em outro foco, outra dimensão. Talvez esteja aterrissando. Pisar no chão depois da turbulência... sabe como é? E ter os pés firmes na terra é uma coisa muito estranha. (se eu resolver, do nada, parar de fumar, alguém traga o exorcista!)

Promessa

Eu prometo! Prometo tentar nunca decepcionar você. Prometo tentar ser digna de seus anseios, de sua confiança. Prometo levar seus sonhos o mais longe que eu puder caminhar. Prometo ouvir você, aprender você, entender você. Prometo sorver cada uma de suas palavras como água da fonte da vida. Prometo dividir você com o mundo, por mais que eu queira guardar você só pra mim. Prometo não ser egoísta, prometo não ser intimidada. Prometo lutar por você essa nossa luta. Prometo lutar por nós dois. Prometo ser generosa. Prometo ser altruísta. Prometo deixar você livre para ir, se você quiser. Prometo ser incorruptível, inescrupulosa, incansável. Prometo ser o meu melhor, por você.

Só Uma Palavra

Por que é tão gostoso ouvir a palavra “amor”? Carência, será? Não sei você, falo apenas por mim. Essa mania de derreter diante do afeto. Sou só eu? Não acredito na possibilidade. E, não. Não falo do amor pleno, incondicional, pra toda vida. Falo da casualidade de ouvir alguém me chamar de “amor”. Palavrinha boba, gasta aos quatro cantos pelos quatro ventos. Mesmo assim, tão bom de ouvir... E a situação piora quando a boca que diz “amor” é tão fácil de amar... Ah, outra dessas minhas manias obtusas, de me apaixonar uma vez por dia, a cada hora. Mas, não se assuste. Minhas paixões são sempre platônicas e inofensivas – a maior parte delas, ao menos. Acho que gosto de gostar de pessoas, de momentos. E tenho pessoas momentâneas bastante próximas. Próximas demais, ao alcance dos olhos... E mais problemático, ao alcance da mente. Cada carinho que você me faz me enche mais desse sentimento de aconchego. É, gosto dessa palavra também. São abraços verbais, acalantos silenciosos. E, numa tar

Catarse nº 4

Eu te amo! Já disse que te amo? Desculpa, sou repetitiva. Sou retórica também. Não sei se não digo o suficiente, mas costumo repetir o óbvio... sei lá. Só sei que te amo, e cada vez mais. Cada vez que te vejo (e você se mostra mais a cada encontro - mesmo) sinto mais a tua falta. Não sei se é insanidade. Sei que é mais que qualquer sentimento. É amor? Talvez... se você deixar. É paixão? Talvez... se você não me repelir. Só sei que quase morri quando vi você sem mais nada além da pele... E se não morri é porque sou discreta, e sonho ainda o dia que vou te ver de perto... bem de perto! Só sei que, nesse minuto, eu te amo... e te amo a tantos millhares de minutos, meu anjo... meu amor!

Catarse nº 3

A melhor coisa da vida é quando você se dá em artes pra alguém... e esse alguém vem e diz "gostei muito"! Sublimação da felicidade! Concordam?

Suave

Pra fazer você feliz, é preciso ler suas entrelinhas, numerar seus capítulos, respeitar suas margens. Pra fazer você feliz, é preciso dedilhar seus acordes, cantarolar seus compassos, saber ouvir cada nota dessa partitura que é você. Pra fazer você feliz, é preciso desvendar suas cores, tecer suas telas, harmonizar seus traços. Merecer você é uma aventura quase mítica. Um caçar tesouros pelos territórios inexplorados do seu ego. Pra merecer você não basta amor, não basta desejo. É necessário cerrar os olhos e mapear seus vales, seus desertos, seus oceanos. Pois você é um universo inteiro de sabores ocultos, de estrelas cadentes, de humores abruptos.  O que você precisa para se dar é tanto, e é tão pouco. Você precisa de alguém que o escute, especialmente no silêncio. Alguém que segure sua mão no nevoeiro, e que se deixe guiar ao sol. Alguém que toque mais do que a sua pele. Alguém que veja você de olhos fechados. Alguém pra dividir seus sonhos, pra contar grãos de areia, pra espantar

Inconsolável

Sabe, às vezes, não entendo você. Em um momento, me repele como se eu tivesse alguma doença contagiosa. Ri de mim, me põe de lado como roupa velha. Em outro, me conta histórias que me deixam conhecer você tão lá no fundo, sorri desse seu jeito displicente, reacende esperanças que eu quase já consegui apagar. Daí, você some no ar. E ressurge assim, precisando de colo. Do meu colo? Lamentando os mau tratos de alguém que não merece você. E quem mereceria o coração de um anjo? Não esse ser que maltrata, que deixa você tão triste, tão magoado. Como é possível alguém ter coragem de magoar você?... E diante disso tudo, eu aqui, inconsolável, sem poder consolar você. Porque você não deixa, porque você é forte, porque você não precisa de mim. Mas, mesmo assim, você volta. E a cada volta, mais perto de mim você está. Cada vez mais precisando de colo. E eu cada vez mais precisando de você. Antecipando sua aparição, seu desconsolo. Esperando pela próxima vez que você vai sumir no ar sem me deixa

Trilha Sonora

Ouvi uma música, a mesma que ouvi uma década atrás. Era a mesma música, mas soou diferente. Dez anos depois. Dez anos luz daquela imagem, aquela outra eu. Tempo e espaço que se contraem, que se expandem. Física quântica no espelho da memória, no espelho da parede. Há dez anos, quando ouvia essa música, eu era a música, ela era minha. Hoje, dez anos depois, não me reconheço na letra, não me reconheço em mim. Antes – e esse antes foi ontem –, eu era tudo, podia tudo, podia todos, o mundo era meu. E, nesse ontem, eu simplesmente estava! Agora, onde está tudo, onde foram todos? Para onde fui? Ontem eu era longas unhas vermelhas. Eu era cabelos de fogo. Eu era a fúria! Hoje, o furor se perdeu. Cabelos e unhas. Sou harpia. Ontem eu era lava desmanchando pedras, homens, teoremas. Agora... esfriei, endureci? Há dez anos, eu sabia. Hoje, eu vacilo. O que aconteceu comigo? Tornei-me vinagre em vez de vinho? Envelheci tão depressa que já não me encontro no espelho ou na música. E o que, ont