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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Mudei?

Mudei? Não sei se mudei. Sei que vejo cores fartas nesse meu mundo tão preto e branco – bem mais preto, é verdade! Sei só que o colorido varia muito, torna-se interessante. Essa cor que eu posso sentir é suave, é amena, é calmante. Acho que alterei minha percepção com relação às cores. Ainda ando de preto. Gosto, que fazer?! Mudei? Não sei se mudei. Sei apenas que o coração silencia, não chora, não lamenta. Não sinto mais aquela ansiedade dolorosa da solidão, da espera. Se amo? Talvez eu ame... talvez eu só tenha mudado meu modo de olhar o amor. Também não é resignação. Acho que é só a consciência de que ele também sente a minha falta. E volta! Mudei? Não sei se mudei. Ainda faço o que amo e amo cada vez mais o que faço. Creio que só aprendi a fazer menos, a fazer mais coisas com meu tempo e não uma única tarefa até a exaustão. Obsessiva? É... é uma boa palavra. Mas tem mais gente importante precisando de mim. Essa pessoa tão pequena que importa mais que as páginas. Mudei?

Jogos Incompletos

Será tão difícil a arte de ser feliz? Será tão complicado obter do universo favores que supram as carências do coração humano? Seria assim tão incoerente querer – ou requerer – a felicidade como condição primordial para a sobrevivência? Decerto que é complicado ver-se satisfeito. O difícil, todavia, não é ser feliz. Difícil é encontrar a peça que falta em cada pequeno quebra-cabeça que habita a alma. E essa – a alma – é a parte de nós complicada de agradar. Muito pretendemos de nós mesmos. Muito mais nos é exigido dia após dia. Família, filhos, trabalho, dinheiro, posses, amigos, amores, prazeres. Tente encontrar a pecinha exata para cada um desses jogos e você alcançará a absoluta felicidade. Entretanto, deixe que apenas uma das peças falte, e veja o mundo desmoronar-se como castelo de cartas ao vento. Perca uma peça e o cubo nunca será completado, as cores não se encontrarão ao final. Deixe escapar uma para que nenhuma das outras valha a pena. Difícil é contentar-se