Meio que eu

Eu meio que perdi a rédea. Eu meio que perdi a pressa. Eu meio que perdi tempo. Talvez tenha perdido o foco, tenha perdido o ócio, tenha perdido o rumo. Sei que me perdi na reta, perdia rua, perdi a meta. Perdi o centro, perdi o momento, perdi o ponto.

E lá estava eu, perdida por completo no vazio imenso que há dentro de mim. Ao meu redor nenhuma culpa, nenhum propósito, meio que nenhuma vida também.

O nada em silêncio meio que confunde as ideias. Mas eu já não tinha ideias pra confundir. O movimento no vácuo nem é notado. Só que nada se mexe mesmo por lá...

Quase gosto desse ostracismo, dessa letargia serena, dessa não atividade compulsória. Quase me acostumo. Mas a monotonia não faz casa na alma. E essa alma eu meio que não perco nunca. É meio que uma sina.

E assim...


Eu meio que perdi o medo. Eu meio que perdi a vergonha. E meio que perdi o sono. E Talvez tenha ganhado o sonho, tenha encontrado a porta, tenha voltado a mim. Sei que perdi a trava, retomei o passo, resgatei o ímpeto. Sei que não sei perder. Nem gosto tanto assim de silêncios. Ainda estou aqui! Ainda sou meio que eu.

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