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Mostrando postagens de novembro, 2015

Simulacro e estereótipo das relações

Da série Análises da Busca - Teoria da Solidão Crônica 2 Mesmo quando renegamos nossa original necessidade de grupo, mesmo quando nos julgamos independentes e autossuficientes perante o mundo em que vivemos, mesmo que nossas conquistas e posição social nos pareçam capazes de suprir qualquer necessidade de contato, pecamos pela busca por aprovação. Quem nos aprova, nos endossa, são os outros, a sociedade ao nosso redor. Nutrimos, mesmo que veladamente, a obrigação de integralidade nos grupos nos quais nos inserimos. Tendemos a nos aliar a nossos iguais. Essa contradição coabita conosco desde que simulamos essa forma de vida independente e apartada. O simulacro de individualidade que projetamos serve para que tenhamos a sensação de superioridade. Se não precisamos de ninguém, somos magnânimos. Se somos os melhores, lideramos. Outra vez o lapso egóico do líder. Para liderar, deve haver seguidores. Para comandar, devem existir comandados. Se estamos em uma tropa de um só homem,

Homem, um animal social

Da série Análise da Busca - Teoria da Solidão Crônica 1 O ser humano é um espécime de grupo por essência. Desde os primórdios de evolução da raça humana, vivemos em bandos, nos relacionando e interagindo com seres semelhantes. Somos o que podemos nos acostumar a chamar de animais sociais. O desenvolvimento desse cunho social, a sociedade evoluída gerada a partir do modo racional de operar, desenvolveu a civilização tal como a conhecemos e absolutamente baseada na convivência em grupo. Bandos, tribos, povoados, cidades, países. Somos predestinados por nascimento a pertencer a determinado grupo, raça, casta, família, nacionalidade, etc. Em foro mais íntimo, cada um de nós tem, a princípio, um núcleo familiar direto e outros pequenos agrupamentos de convivência pessoal. Somos ensinados a conviver e a trocar experiências com outros seres humanos. Nesse sentido, desenvolvemos laços de afetividade para com os outros do grupo, os mais próximos ou aqueles com os quais desenvolvemos ce